terça-feira, 31 de maio de 2011

Cosmovisão Materialista e Cosmovisão Espiritualista - AVV40 - Resumo da Aula 16 parte A - 18/05/2011

Em virtude de compromisso anteriormente assumido pelo Professor Heitor Miyazaki em Portugal, esta aula foi, excepcionalmente, dividida em duas partes, sendo a primeira orientada pelo Professor Fernando Antônio Mendes Marques e a segunda pelo Professor Sinji Takahashi, ambos Preletores da Sede Internacional. Os temas foram escolhidos pelos professores. Na aula 17 retornaremos à sequência do estudo minucioso do volume 1 d”A Verdade da Vida.

Livro-texto desta aula: A Verdade da Vida, volume 13, capítulo 1 - Cosmovisão Materialista e Cosmovisão Espiritualista – Orientações do Professor Fernando Antônio Mendes Marques, Preletor da Sede Internacional.
Objetivos desta aula: Entender um pouco mais o ensinamento da Seicho-no-Ie (avaliar o processo de entendimento religioso da SNI) e obter compreensão maior em relação aos outros movimentos religiosos.
Cosmovisão: se fôssemos utilizar uma palavra mais atual, poderíamos dizer que cosmovisão é um “mapa mental” que nos diz como navegar neste mundo, ou seja, é a maneira de “encarar o mundo”. Fomos buscar num dicionário, como poderíamos classificar a palavra cosmovisão: "conjunto de suposições e crenças que alguém utiliza para interferir e formar opiniões a respeito da humanidade". Conforme o estudo (AVV 13, capítulo 1) este mundo é regido por duas crenças [cosmovisões], e é justamente sobre essas duas crenças que iremos abordar nesta aula: a visão materialista e a visão espiritualista.
AVV 13: "Segundo a visão materialista, este mundo é formado pelo agrupamento casual de diversos elementos materiais, sem nenhuma conexão entre si, e não um mundo criado com objetivo claro e definido e coordenado por uma inteligência superior".
Para aquele que tem visão materialista, passamos a ser um agrupamento casual de matéria. Nascemos ao acaso, vamos viver ao acaso, à mercê das coisas que irão acontecer e um dia iremos desaparecer. Aquele que tem essa visão materialista não reconhece a existência de uma força superior a nos orientar. Portanto, aqueles que têm visão materialista do mundo pensam que nós, seres humanos, surgimos casualmente, passamos por muitas vicissitudes, sofremos, afligimo-nos e morremos, também, casualmente. As pessoas que pensam assim chegam, inevitavelmente, à conclusão de que esta vida não tem sentido, não existe coisa alguma que tenha valor imorredouro, portanto, não existe uma vida de valor eterno. É como se acreditassem que viemos do pó e para o pó retornaremos. Quem tem visão materialista acredita que não existe uma força superior, então, não tem a crença de que Deus existe.
A informação a respeito da visão materialista fica muito clara para todos nós. No entanto, quando passamos a estudar a visão espiritualista, conforme o capítulo 1 d'A Verdade da Vida, volume 13, verificamos que o professor Masaharu Taniguchi nos transmitiu informações bem interessantes. Gostaríamos de compartilhar essas informações.
Se a visão materialista é aquela que não reconhece a existência de uma força superior a nos orientar, a visão espiritualista é aquela que admite a existência de uma ou mais forças superiores que podem vir a nos orientar. No contexto da visão espiritualista, não nascemos ao acaso e, sim, com uma missão neste mundo; e o nosso objetivo é, ao tomarmos conhecimento dessa missão, passarmos a viver essa missão. Somos orientados por uma força superior, à qual poderíamos classificar como sendo a "força de Deus", mas, vamos deixar ainda esse detalhe em aberto. Vamos nos ater, apenas, que somos orientados por uma força superior. Para nós, que somos adeptos da Seicho-no-Ie, está claro que temos uma visão espiritualista da vida. Por isso, estamos aqui reunidos para estudar a Verdade, porque acreditamos no invisível, porque acreditamos que temos uma missão, e que essa força superior nos orienta.
Aqui, sim, começa o nosso estudo. Acredito que todos, aqui, já têm essas informações: visão materialista e visão espiritualista. Só que o professor Masaharu Taniguchi, a partir desse momento do estudo, passa a nos fornecer algumas informações bem interessantes para que possamos reflexionar em relação ao nosso entendimento, à nossa visão sobre esse assunto. O professor Masaharu Taniguchi diz que a visão espiritualista divide-se em quatro tipos de conceitos: Espiritualismo Pluralista, Espiritualismo Dualista, Espiritualismo Monista e Espiritualismo Monista Teísta. Vamos reflexionar a respeito de todos os itens, para que possamos ter uma visão global, mas, também é importante que fique claro para cada um de nós, adeptos da Seicho-no-Ie, preletores e divulgadores, em qual desses conceitos encaixa-se o ensinamento da Seicho-no-Ie. Vamos reflexionar, agora, em relação à visão pluralista.
AVV 13 pág. 68: "A visão do mundo baseada no espiritualismo pluralista é aquela em que a pessoa admite a existência de mais de um Deus governando o Universo".
Vamos imaginar alguém que tenha uma visão espiritualista do mundo, só que a visão espiritualista dele é a pluralista. Ele pegou o mundo e o dividiu em nove partes. Para cada uma dessas partes existe um Deus, é como se o mundo fosse dividido em nove religiões e essas religiões não tivessem qualquer ligação entre si. A pessoa que tem visão pluralista está classificada nesta visão. Ela divide o mundo em várias partes e passa a ver sua religião como o único caminho: "só a minha religião salva". Então, quem está no grupo A passa a acreditar que só o seu Deus salva, o único caminho para a salvação é aquele que ele professa, e passa a ver todos os demais como caminhos diferentes, que não levam à salvação. O professor Masaharu Taniguchi, nesse mesmo artigo, explica que muitos conflitos religiosos são oriundos dessa visão. O espiritualismo pluralista, portanto, é algo que poderia assim ser tipificado: "Está comigo, está com Deus. Não está comigo, vai arder". É uma visão que diz "eu estou no caminho certo e os demais estão no caminho equivocado". Segundo essa visão de mundo, há vários “deuses” governando isoladamente seus respectivos domínios neste mundo, cada qual à sua maneira e com seu próprio objetivo. E é essa “visão” do mundo a principal responsável pelas rivalidades entre as religiões.
A partir do momento em que passo a ver cada caminho como manifestação de um Deus diferente, essa visão difere do ensinamento da Seicho-no-Ie. Na constituição religiosa da Seicho-No-Ie o Professor Masaharu Taniguchi disse que só existe um princípio de salvação, mas, esse princípio de salvação se manifesta de diferentes maneiras. Ele dá um exemplo: "A cerejeira está vivendo e manifestando a Vida de Deus através da sua missão, que é nascer como uma cerejeira; da mesma forma, a macieira está vivendo a sua missão como macieira, mas a sua vida não difere da mesma vida da cerejeira". O meu caminho pode ser diferente, a minha denominação religiosa pode ser diferente, mas, se eu posso aceitar o outro como manifestação do mesmo Deus, do mesmo princípio de salvação, não há desarmonia. Isso porque eu entendo que, mesmo a minha ramificação religiosa sendo X, a Y também é manifestação da Vida de Deus. Para que possamos compartilhar melhor, vamos exemplificar: O Cristianismo é baseado no Novo Testamento; o Judaísmo é baseado no Velho Testamento; o Islamismo é baseado no Alcorão. Enquanto cada um vir o seu caminho como o único de salvação para a humanidade, sempre vai haver atritos. Atritos levam a atitudes fundamentalistas, como: "Eu estou na filosofia B e acredito que quem está na A, ou nas demais, está no caminho errado". O Professor Masaharu Taniguchi diz que o ato de quem está em B, de tentar salvar quem está em A ou C, também é um gesto de amor, conforme a sua compreensão da Verdade. Assim, é "ato de amor" a tentativa de tirar quem está em A ou C, para fazer parte de B, mas, a sua compreensão é limitada porque ele está preso na sua concepção pluralista: "o meu Deus é o que salva, os demais não são manifestação da Vida de Deus e, portanto, não salvam".
Assim, não basta ter uma visão espiritualista da vida. É necessário descobrir em que tipo de visão, em que conceito de espiritualismo nós acreditamos. Assim, o espiritualismo pluralista é aquele que divide o mundo em várias partes e passa a acreditar que "só o meu caminho é o que salva". O professor Masaharu Taniguchi cita que "há pessoas que entendem que tirar alguém de um movimento religioso e transferi-lo para o seu movimento, nessa visão pluralista, é acreditar que, quando convencem alguém do grupo A a mudar para o grupo B, estão alargando os domínios do seu Deus. É fazer com que o seu movimento religioso se torne mais forte porque está tirando alguém do grupo A para o B". Com relação a esse aspecto, o professor Masaharu Taniguchi assim se pronuncia: "a Seicho-No-Ie não tem como objetivo fazer com que você abandone sua religião". Mas, ao estudar o ensinamento da Seicho-no-Ie e tocar na Imagem Verdadeira, independente de estar aqui ou na sua religião, Deus é único, a Verdade é a mesma. O mais importante é que as pessoas vivam. Voltando ao exemplo das cerejeiras, o professor Masaharu Taniguchi diz que "Se a cerejeira não manifesta a Vida, ela é uma árvore morta. A designação da espécie conhecida como cerejeira sempre vai existir. Se tivermos 10 árvores aqui e todas forem cerejeiras, a concepção será a mesma, mas, 8 podem estar vivas e 2 podem estar mortas". Assim, não importa se seu caminho é A ou B. Você pode fazer com que A seja um caminho vivo, mas, eu, você, todos nós, podemos fazer o mesmo com B, ou fazer com que ele se torne um caminho morto, porque a designação não irá fazer diferença, quem irá fazer a diferença se o ensinamento vai surtir efeito em minha vida ou na sua vida, somos cada um de nós.
Vamos ao Espiritualismo Dualista. O nome já diz: "dual" vem de "dois". É aquele que divide o mundo em duas partes: do bem = Deus, e do mal = Satanás. Eu me lembro que, ainda era novo na Seicho-no-Ie e meu tio, que era de outra designação religiosa, descobriu que eu estava frequentando a Seicho-no-Ie. Ele, com bastante amor, veio conversar comigo e disse: "Fernando, descobri que você está indo à Seicho-no-Ie, e vim lhe dar um conselho: eu não quero ver você ardendo no inferno! Por favor, saia!". Na visão dualista, portanto, há duas forças antagônicas, uma é "bem" e a outra é "mal". Olhem que interessante, não basta ser espiritualista, eu posso ser espiritualista pluralista e entender que só o meu caminho salva, os demais não; e posso ser espiritualista dualista, dividir o mundo em duas partes: bem e mal. Quando se divide o mundo em duas partes, bem e mal, surge o primeiro princípio: eu estou no bem ou no mal? Claro, se divido em duas partes, eu faço parte do bem. Aqueles que não concordam comigo, aqueles que não professam a minha fé, aqueles que não professam o ensinamento em que acredito, na minha concepção, fazem parte do mal. Esses fazem parte de um caminho incorreto, influenciados por uma força a que alguns dão o nome de Satanás. Dentro da Seicho-no-Ie, não acreditamos em "inferno". Não existe um local chamado inferno, mas, o professor Masaharu Taniguchi, apesar de ensinar que esse local não existe, disse que o ser humano tem a capacidade de, através de seus pensamentos, projetar em sua vida, seja nesse mundo dos cinco sentidos, seja no mundo espiritual, situações parecidas com algo chamado "inferno". No livro Leve Avante sua Vida há uma passagem do professor Masaharu Taniguchi que me faz reflexionar bastante. Ele diz assim: "A porta do inferno é giratória, você entra ou sai quando quiser". Houve época em minha vida que eu ficava pensando: "Meu Deus, como estou visitando esse inferno!". Isso porque, de vez em quando, você deixa o seu "eu falso" se manifestar, seja numa discussão, seja numa palavra ou num gesto, você "esquece" que é filho de Deus e se vê projetando. Não acreditamos que exista algo chamado inferno, mas, dependendo da postura mental de algumas pessoas, elas podem projetar em suas vidas situações de dificuldade parecidas com a descrição do ambiente chamado inferno.
O Espiritualismo Dualista divide o mundo em duas partes: bem e mal. Quem tem esta visão dualista reconhece que esta força do mal existe e, quando algo que não é bom acontece em sua vida, pode definir, acreditar, e verbalizar que isto é a força do mal que está atentando para que aja de maneira incorreta. O Professor Masaharu Taniguchi diz que, do mesmo modo que a visão pluralista gera atritos, se a visão dualista divide o mundo em duas partes, nesse aspecto, também existem atritos. No pluralismo eu passo a me ver no único caminho de salvação, e não reconheço os demais caminhos como de salvação, e isso gera atritos e atitudes fundamentalistas. Mas, se eu tenho uma visão de espiritualismo dualista, passo a ver também o outro que tem um caminho diferente, uma crença diferente, como alguém que está no caminho do mal, e isto vai gerar atritos também.
São quatro as Cosmovisões Espiritualistas. A primeira é do Espiritualismo Pluralista, a segunda do Espiritualismo Dualista, a terceira do Espiritualismo Monista. "Mono" vem de “um”, só que há uma observação dentro do livro A Verdade da Vida, volume 13: há algumas pessoas que acreditam ser espiritualistas monistas e que esse mundo é regido por uma força, uma vontade cega, que nos impele para frente. Só que essas pessoas não reconhecem essa vontade cega como Deus. Acreditam que existe uma vontade cega que nos impele para frente, mas não existe a denominação "essa força invisível, essa vontade cega, é a manifestação da vida de Deus, faz parte da vida de Deus, que preenche todo o Universo". Então, acreditam na vontade de algo que as impele para frente, mas não reconhecem a existência de Deus. Assim, visão pluralista remete a vários deuses; visão dualista remete a duas forças antagônicas: bem e mal; visão monista acredita na vontade que nos impele para frente. O professor Masaharu Taniguchi nos dá como exemplo o filósofo Schopenhauer, que acreditava nessa vontade cega que nos impele para frente.
Agora vamos entrar no que a Seicho-no-Ie acredita. No que poderíamos dizer que está "encaixado" o ensinamento da Seicho-no-Ie? A quarta Cosmovisão é o Espiritualismo Monista Teísta. Se pararmos para reflexionar sobre a literatura da Seicho-No-le, poderíamos dizer que a Seicho-no-Ie é o ensinamento da Imagem Verdadeira, é o ensinamento que diz: "Existe Deus e o que vem de Deus", ou seja, tudo é manifestação da Vida de Deus. Senhores aqui presentes, que provavelmente residem na grande São Paulo, eu lhes pergunto: No bairro em que os senhores residem, na cidade em que os senhores residem, tem ladrão? Se quiserem, posso repetir a pergunta... Vejam que pergunta interessante para nós, adeptos da Seicho-no-Ie. Na cidade em que você reside tem ladrão? Se tiver ladrão, significa que ele é filho de Deus e ladrão, confere? Percebem como nós vivemos na dualidade? A Seicho-no-Ie diz: "somente existem Deus e o que vem de Deus". Por isso, dizemos que a Seicho-no-Ie é o Espiritualismo Monista Teísta. Essa é a crença, a crença na Imagem Verdadeira. Tudo e todos são manifestações da Vida de Deus, é a crença do ensinamento da Seicho-no-Ie. Alguém pode se manifestar como ladrão, mas a sua essência é perfeita. No entanto, se eu passo a reconhecer o manifestado como verdadeiro, por força da minha mente, esse “manifestado” continuará se manifestando cada vez mais. Mas, se eu tenho a crença de que ele é imagem e semelhança de Deus, pode se manifestar como ladrão para outras pessoas, mas, não na minha direção, porque o que rege a minha vida é a minha convicção, é a minha crença, são os padrões que carrego dentro do meu coração. Se o ensinamento da Seicho-no-Ie diz "todos são manifestação da Vida de Deus", o meu papel é manifestar esse "todos" como Imagem e Semelhança de Deus.
Falando de religiões, imaginem cada dedo como sendo uma religião, e a palma da mão como um paraíso. Os dedos podem ser diferentes, mas todos convergem para o centro, isto é, a palma da mão. Os caminhos podem ser diferentes, mas o princípio de salvação é único. Deus se manifesta através do ensinamento da Seicho-no-Ie. O mesmo Deus se manifesta através do cristianismo, do budismo ou do xintoísmo. As formas de manifestação diferem porque as pessoas têm grau de entendimento que difere de uma para outra. Podemos dizer a alguém: "você é imagem e semelhança de Deus" e a pessoa aceitar isso. No entanto, há, também, aquele que, ao ouvir "você é imagem e semelhança de Deus", vai dizer "não, não, eu sou um pecador, nasci para sofrer". A Verdade se manifesta de acordo com o grau de espiritualidade de cada pessoa.
Para que possamos finalizar, vamos reflexionar com esta parábola:
Um mestre, dentro de um mosteiro, tinha 100 discípulos. Um dia, contando com quase 100 anos de idade, ele decidiu escolher dentre os discípulos quem seria o novo mestre do mosteiro, assim que regressasse ao mundo espiritual. Com esse propósito, pediu para que pintassem de branco uma grande parede do mosteiro, e deixou alguns pedaços de carvão no chão. Em seguida, pediu para que os discípulos escrevessem uma frase nessa parede. O autor da frase que contivesse o significado mais profundo seria o novo mestre. Dentre os discípulos, havia um que estava a aproximadamente 50 anos no mosteiro, nunca faltara a uma única aula, era estudioso, sabia muito do ensinamento que lhe fora transmitido. Assim, quando o mestre disse "aquele que escrever a frase mais profunda será escolhido o novo mestre", quase 100% dos demais discípulos pensaram "quando ele escrever, acabou o concurso, ninguém escreverá mais nada". Isso porque sabiam que ele era muito estudioso. Eram três dias de concurso. Todos se apressaram para escrever cada um a sua frase. No segundo dia, lá vai o estudioso e crava a sua frase:
"A MENTE É UM ESPELHO ONDE A POEIRA SE ASSENTA; LIMPE A POEIRA E VOCÊ SERÁ UM ILUMINADO".
A mente é um espelho onde a ilusão se assentou. Limpando a ilusão, o iluminado se manifesta. Quando ele escreveu, ninguém mais se atreveu a escrever qualquer coisa na parede. Todos passavam, olhavam e comentavam: "mas, que frase, hein?".
No terceiro dia, faltando dez minutos para acabar o prazo do concurso, sai da cozinha, ele, o cozinheiro, que estava naquele mosteiro havia 60 anos, dirige-se ao muro e pega o carvão.
Todos os discípulos estavam no pátio e, quando o cozinheiro pegou o carvão, alguém lhe perguntou:
- E aí, tudo bem? O que é que você vai fazer?
- Ora, vou escrever a minha frase!
- Mas, você não viu que já escreveram uma frase que é muito profunda?
- Sim, mas o importante é participar!
Não se sabe se o cozinheiro estava querendo chamar a atenção, mas escreveu sua frase bem embaixo da frase do estudioso. À noite, o mestre reúne os 100 discípulos para comunicar quem foi o autor da frase mais profunda. Todos tinham certeza, vai ser o estudioso.  "A mente é um espelho onde a poeira se assenta...".
Só por curiosidade, eu gostaria de saber, entre os senhores, quem acredita que foi o estudioso o escolhido, levante o braço... Três pessoas levantaram o braço, para não deixar o estudioso sozinho! E olha que nem sabem o que o cozinheiro escreveu! A grande maioria, sem saber o que foi escrito, já está botando fé no cozinheiro.
À noite, portanto, o mestre reuniu todos os discípulos e disse: "Atenção, assim que eu falecer, o novo mestre será o autor da frase: "A mente é um espelho onde a poeira se assenta; limpe a poeira e você será um iluminado"”. Todos já sabiam e, felizes, se recolheram. Dez e meia da noite, alguém bate na porta do cozinheiro. Adivinhem quem era: o mestre.
Para você que depositou suas fichas no cozinheiro, aí vai a boa notícia: quando o cozinheiro abriu a porta, o mestre lhe disse: "Você deveria ter sido escolhido o novo mestre. Quando chegou aqui há 60 anos, quando eu bati os olhos em você, logo percebi que você sabia de tudo, não precisava aprender mais nada, tanto é que ficou 60 anos na cozinha, sem nunca reclamar! Você deveria ter sido escolhido o novo mestre, mas, eu não poderia deixar com você um mosteiro com mais 99 discípulos que não iriam entender o que você estava pregando, portanto, os discípulos terão um mestre de acordo com o seu entendimento”.
A pergunta é: o que é que o cozinheiro escreveu?
Vejam: "A mente é um espelho onde a poeira se assenta" é a verdade horizontal pregada pela Seicho-No-Ie. A Seicho-no-Ie, no entanto, está pautada na Verdade Vertical. O que o discípulo cozinheiro havia escrito bem embaixo da frase “A mente é um espelho onde a poeira se assenta; limpe a poeira e você será um iluminado"? Ele cravou: "Não existe mente nem espelho. Só existe Deus". É isso, não existe mente nem espelho, onde você olhar, onde você viver veja Deus! Muito obrigado a todos!

Identidade de Todas as Religiões - AVV40 - Resumo da Aula 16 parte B – 18/05/2011

Em virtude de compromisso anteriormente assumido pelo Professor Heitor Miyazaki em Portugal, esta aula foi, excepcionalmente, dividida em duas partes, sendo a primeira orientada pelo Professor Fernando Antônio Mendes Marques e a segunda pelo Professor Sinji Takahashi, ambos Preletores da Sede Internacional. Os temas foram escolhidos pelos professores. Na aula 17 retornaremos à sequência do estudo minucioso do volume 1 d”A Verdade da Vida.

Livros-textos desta aula: A Verdade da Vida, volumes 11, 27 e 28 – Orientações do Professor Sinji Takahashi, Preletor da Sede Internacional.
AVV 11 - Prefácio: "Este volume [volume 11]  pode ser considerado a nata da coleção A Verdade da Vida, pois mostra a essência comum a todas as religiões."
Vamos estudar o entendimento da expressão "identidade de todas as religiões". O assunto, não é tão simples assim. Se compararmos as religiões existentes no mundo, podemos concluir que todas elas são diferentes. O Mestre, no entanto, disse que, na essência, todas elas são iguais.
"Até hoje o budismo e o cristianismo eram considerados doutrinas incompatíveis entre si, devido à diferença no modo de pregar, mas, agora podem se conciliar e se identificar por meio deste livro que esclarece a diferença entre Fenômeno e Imagem Verdadeira ".
O mundo onde estamos vivendo, o mundo que vemos, este é o mundo do fenômeno. O mundo da Imagem Verdadeira é o mundo exatamente como foi criado por Deus. No Gênesis consta que Deus criou o mundo através do verbo, ou seja, através da palavra. Através do pensamento, que também é palavra, Deus criou a luz. Assim, segundo o Gênesis, Deus criou o mundo através do verbo, da palavra. Este é o mundo criado por Deus. A Bíblia diz, ainda, que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo dia verificou tudo o que tinha criado e disse que estava "tudo muito bom". Será que esse "tudo muito bom" refere-se ao mundo onde estamos vivendo, ou a outro mundo? Se olharmos ao nosso redor, percebemos que há pessoas doentes, pobres, miseráveis, gente que não trabalha, gente que rouba, gente que mata, percebemos que existe toda essa variedade de pessoas. Será que são todas pessoas maravilhosas? Da forma como estão manifestadas, não podemos dizer que são maravilhosas. Mas, Deus analisou tudo o que havia criado e disse que "tudo estava muito bom". Então, Deus estava vendo este mundo material em que estamos vivendo, ou estaria vendo um outro mundo? Esse mundo "muito bom" a que Deus se referiu é o mundo da Imagem Verdadeira. Não é o mundo palpável, que vemos, que tocamos, mas, o mundo que está na Mente de Deus. No mundo da Imagem Verdadeira tudo é perfeito. Nesse mundo não existe pobreza, não existe miséria, não existe desemprego, nem guerra, nem assassinatos, não existem coisas negativas. Isso porque Deus criou o mundo perfeito, e é nesse mundo perfeito que nós nos encontramos em nossa Imagem Verdadeira. Eu estou nesse mundo da Imagem Verdadeira e todos os senhores também se encontram nele. Todos estamos vivendo essa Vida perfeita e maravilhosa que nunca adoeceu, nunca errou, nunca pecou, nunca vai morrer. É, realmente, o mundo perfeito. Nesse mundo da Imagem Verdadeira, todas as religiões são iguais.
Como o mundo material é projeção do mundo da Imagem Verdadeira, nessa projeção do mundo da Imagem Verdadeira para o mundo material existe a interferência da mente do ser humano. Nessa passagem do mundo da Imagem Verdadeira para a projeção (interferência) é que podem vir distorções. Essas distorções é que fazem com que o mundo material, o mundo do fenômeno, seja imperfeito.
Existem, assim, as diversas situações que acontecem no mundo material. No mundo da Imagem Verdadeira tudo é perfeito, tudo é uma coisa só [uma Verdade]. Mas, ao manifestar-se no mundo do fenômeno surgem as diferenças entre as religiões. Isso ocorre porque elas surgiram em locais diferentes, em épocas diferentes e para pessoas diferentes. Assim, há diferenças no modo de pregar, no modo de manifestar, e no entendimento religioso. Esses fatores fazem com que as religiões possam parecer umas diferentes das outras.
Por exemplo, o mundo da Existência Verdadeira (mundo da Imagem Verdadeira), mencionado na Sutra do Lótus (a Sutra do budismo), é o mundo exatamente como foi criado por Deus, através da palavra, através do verbo. O mundo da Existência Verdadeira onde "tudo é bom" é o mesmo a que se refere o livro de Gênesis com a frase "Deus viu tudo quanto fizera e disse que era muito bom". Então, Deus viu tudo aquilo que já havia criado e chegou à conclusão de que “estava tudo muito bom". Na Sutra do Lótus existe a seguinte frase: "Mesmo quando chegar o fim do ciclo da humanidade e este mundo (mundo do fenômeno) for destruído pelo fogo, a minha Terra Pura (o mundo da Imagem Verdadeira) permanecerá tranquila e repleta de seres celestiais", exatamente como foi dito no Gênesis, que o mundo que Deus criou é um mundo perfeito e maravilhoso. Então, de duas formas totalmente diferentes, tanto o budismo como o cristianismo estão pregando a mesma Verdade. Nesta Sutra consta, ainda, "Deus criou o mundo da Existência Verdadeira e não o mundo fenomênico". Então, quem foi o criador do mundo do fenômeno? É claro que, no início, foi Deus, mas, depois da criação de Deus, vieram todas as transformações, exatamente de acordo com a mente do ser humano. Portanto, a mente do ser humano é que fez com que houvessem todas essas transformações. Se o mundo fosse exatamente conforme criado por Deus, e permanecesse dessa forma, seria um mundo perfeito. Não haveria guerra, não existiria pobreza, nem roubo, nem desemprego. Não existiria nada disso. No entanto, como vieram as transformações devido à interferência da mente humana, o mundo em que nós estamos vivendo é um mundo totalmente diferente. Esse mundo fenomênico não passa de projeção da mente, logo, as teorias cristã e xintoísta da criação do Universo por Deus não entram em choque com a teoria budista de que o mundo surgiu da ilusão. O budismo diz que este é um mundo criado através da ilusão. Esse mundo material realmente é a manifestação da mente em estado de ilusão. Como nós temos essa ilusão e pensamos que é difícil viver nesse mundo material, devido a essa ilusão da mente humana, criamos esse mundo difícil de viver. Então, todos os problemas, as crises financeiras, os problemas provenientes de acidentes da natureza, tudo isso vem a ocorrer em função da ilusão da mente humana. O “Satanás” que é citado no cristianismo, nada mais é que a expressão personificada da ilusão a que se refere o budismo. O Mestre Masaharu Taniguchi, através desses exemplos, vai mostrando que, na essência, tanto o cristianismo quanto o budismo pregam a mesma Verdade, só que de formas diferentes. Isso ocorre porque um ensinamento surgiu em determinada época e o outro surgiu muito tempo depois. Surgiram em locais totalmente diferentes. Então, é natural que ocorram essas diferenças no modo de pregar, no modo de explicar, mas, a essência é uma só. É isso que o Mestre Masaharu Taniguchi está querendo nos mostrar.
A maioria dos religiosos prega a respeito do Reino dos Céus, que é citado no cristianismo, ou da Terra Pura, que é citada no budismo, como sendo apenas o mundo fenomênico, criado pela ilusão, motivo pelo qual o Reino dos Céus não se concretiza na Terra. Tais religiosos pensam no Reino dos Céus, só que visto com olhos em estado de ilusão. Olhando o mundo material, tentam projetar o mundo perfeito, mas, como nossos olhos materiais veem este mundo imperfeito, estão acostumados a olhar este mundo imperfeito, a mente também está acostumada a ver e sentir somente a imperfeição. É claro que, assim, não há condições de projetar a perfeição.
Quando Jesus disse: "Retira-te Satanás!", quis dizer às pessoas o seguinte: "Retirai a cortina de ilusão de vossa mente e vereis o Reino dos Céus concretizado diante de vós". Retire a cortina que existe entre você e a Imagem Verdadeira. Essa cortina é que está impedindo você de ver a Imagem Verdadeira. Então, retire essa cortina e você vai visualizar a Imagem Verdadeira.
A Sutra do Lótus também diz a mesma coisa: "Percebei a indestrutível Terra Pura que existe transcendendo o mundo fenomênico repleto de sofrimentos". Quando o homem desperta para a Verdade de que a indestrutível Terra Pura existe aqui e agora, livra-se dos sofrimentos que o cercam.
Quando o Mestre Masaharu Taniguchi esteve em Lima, Peru, em 1973, numa entrevista, um dos repórteres perguntou: "Professor, a Seicho-no-Ie fala da identidade de todas as religiões. No fundo, o senhor, na verdade, não está querendo unir todas as religiões e fazer com que todas passem a ser Seicho-no-Ie?". O Mestre respondeu: "Não, não tenho nenhum desejo de fazer isto; a Seicho-no-Ie não está querendo unificar todas as religiões. Todas as religiões que, no passado, tiveram muita luz, tiveram muita força de salvar as pessoas, com o passar do tempo foram perdendo essa luz, perdendo a capacidade de salvar as pessoas. O objetivo da Seicho-no-Ie é fazer com que todas as religiões voltem ao estado anterior, da época em que foram iniciadas pelos seus pregadores, como Jesus Cristo, como Sakyamuni. Possibilitar que cada religião tenha condições de voltar a salvar grande número de pessoas, esse é o verdadeiro objetivo da Seicho-no-Ie. Isto porque a Seicho-no-Ie parte do princípio de que todas as religiões, na sua essência, pregam a mesma Verdade". Outro repórter perguntou: "Com base em quê o senhor afirma que todas as religiões pregam a mesma Verdade?" O Mestre assim respondeu: "Há dez anos fiz uma viagem em que tive a oportunidade de visitar diversas partes do mundo. Em todos os locais onde estive vi que todas as pessoas têm os olhos dispostos na horizontal, o nariz disposto na vertical e a boca na horizontal. Ou seja, o rosto de todas as pessoas tem a mesma constituição física. Quando estudamos a ciência, percebemos que não só o rosto, como também todo o corpo, desde a estrutura óssea e os órgãos internos, na verdade, têm a mesma constituição física. Isso significa que o criador de todas as pessoas é um só, é um único Deus. Se o criador é um só, se todos os seres humanos foram criados de um único Deus, a Verdade para poder salvar todas as pessoas que têm um único ser como criador, esta Verdade também só pode ser uma. E esta Verdade é que está sendo pregada através de diversas religiões de formas diferentes, de acordo com a época, o local e a pessoa”. Portanto, mesmo que as religiões, na forma de pregar, na forma de existir, sejam diferentes entre si, na essência, todas elas estão pregando a mesma Verdade. Justamente por isso é que a Seicho-No-Ie, através do estudo dessa mesma Verdade pregada por todas as religiões, deseja fazer com as religiões possam manifestar a mesma capacidade, a mesma força, que tinham inicialmente, na época em que foram criadas por seus iniciadores e, desta forma, fazer com que todas as pessoas sejam salvas. Esse é o objetivo da Seicho-no-Ie e isto é o ensinamento da identidade de todas as religiões, na sua essência.
Então, mesmo que, aparentemente, todas as religiões sejam diferentes entre si, tenham denominações diferentes, modos de pregar diferentes, denominações diferentes de seus pregadores, um é pastor, outro é padre, de toda forma, mesmo que hajam todas essas diferenças, a Verdade profunda que está dentro da essência de todos os ensinamentos dessas religiões, a essência é uma coisa só. E é através dessa essência que todos nós somos salvos porque é a Verdade que está sendo pregada por Deus, criador de todas essas religiões. Assim, o ensinamento da Seicho-no-Ie é esse ensinamento maravilhoso que estuda essa Verdade pregada por todas as religiões, não faz distinção em relação a outras religiões, respeita e valoriza todas as religiões, procura ajudar a todas essas religiões e, junto com elas, procura salvar toda a humanidade. Isso é o ensinamento da Seicho-no-Ie que todos os senhores estão estudando e eu fico muito feliz que estudem bastante. Estudem e continuem com essa garra, essa força, essa vontade de estudar e, não só estudem como também passem a transmitir para outras pessoas.
Foi uma grande satisfação esse encontro com todos os senhores nesta noite. Muito obrigado!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

AVV40 – Resumo da Aula 15 – 11/05/2011 - "Conhece-te a ti mesmo!"

Olá, amigos que acompanham o Blog A Verdade da Vida:
Ao encerrarmos a edição deste post, contabilizamos 4920 acessos ao blog, desde a Aula 1 (02/02/2011). Apresentamos, abaixo, as 10 principais origens de acesso, estratificadas por países:
- Brasil: 4.097
- Japão: 524
- Reino Unido: 96
- Paraguai: 43
- Estados Unidos: 38
- Portugal: 28
- França: 14
- Colômbia: 12
- México: 11
- Argentina: 9
Tivemos, ainda, cerca de 40 acessos provenientes da Alemanha, Espanha, Cingapura, Colômbia e outros países. Comprovamos, assim, a importância da Internet na difusão do Movimento de Iluminação da Humanidade, e reverenciamos a imensa dedicação do Professor Heitor Miyazaki e da equipe responsável por este curso. Agradecemos a oportunidade de acompanhar este valioso estudo, em nome dos brasileiros residentes em todos os Continentes e de todos os povos de Língua Portuguesa. Muito obrigado! Muito obrigado! [Blog A Verdade da Vida]

Outrossim, necessitamos de auxílio para a transcrição dos resumos das aulas aqui postadas. Se você tem disposição para transcrever 10 minutos de aula, do áudio para o Word, mande e-mail para ph1199@hotmail.com com o seguinte assunto: "Quero colaborar com o Blog avv40". Não se preocupe com a qualidade da sua escrita; ela vai melhorar com o tempo; nós faremos a revisão do texto. Muito obrigado!
Parte I - Perguntas & Respostas - Orientações do Professor Heitor Miyazaki, Preletor da Sede Internacional:
(a) Causas Mentais de Doenças:
Gagueira (40 anos, sexo masculino):
A gagueira pode estar relacionada com situações em que houve um choque emocional muito forte. E, também, tem situações como aquele caso que eu citei, do preletor Eraldo, que possuía gagueira bastante acentuada. Ele me perguntou o que poderia ser feito. Eu lhe respondi: "Anular o ego. O seu pensamento está muito rápido e o "eu" está muito forte. Recite o Canto Evocativo de Deus, em português, várias vezes. "As minhas obras não sou eu quem as realiza". Repita inúmeras vezes por dia que não é você quem realiza as suas obras, "não sou eu, é Deus, não sou eu é Deus...“". Certo dia, ele estava presente aqui na Sede Central, numa reunião de domingo, e pediu para fazer o Relato de Experiência, e nunca mais gaguejou! Em alguns casos, a pessoa precisa voltar-se mentalmente para a circunstância onde teria ocorrido um choque emocional muito forte, como, por exemplo, um susto; e refletir que esse fato não é Verdade, que não afetou seu "Eu Verdadeiro", que a sua natureza divina continua divina e perfeita. E, assim, praticando a Meditação Shinsokan, poderá voltar à normalidade. E, também, faça como o preletor Eraldo, recite o Canto Evocativo de Deus em português (ou no seu idioma nativo) para entender o que está falando, ou seja, "não sou eu quem realiza as minhas obras". Recite entendendo e, assim como ele ficou curado, você também poderá ficar curado.
Rinite e erupção na pele (9 e 13 anos, sexo masculino):
A rinite está muito relacionada a sentimentos de revolta contra os pais. Se o menino tem 9 anos, quando estiver dormindo, a mãe deve agradecer à cabeceira; diga que ele já perdoou o papai, perdoou a mamãe; que papai e mamãe também já o perdoaram; que ele está em harmonia com o papai e com a mamãe; que o papai o ama e a mamãe também o ama; e, em seguida, leia a Sutra na cabeceira dele.
As erupções na pele representam sentimento explosivo. Às vezes os pais cobram demais, dão muita bronca, e, como consequência, surgem erupções, "perebinhas", enfim, pequenos "vulcõezinhos" que se formam no corpo, simbolizando algo que “quer explodir”. Em razão disso, quando as pessoas harmonizam a mente, passam a ter atitudes mais dóceis, com menos cobranças, volta-se à normalidade (há pais que cobram muito, dão muita bronca, e a criança reage como um sapo com um cigarro na boca, vai estufando, estufando, estufando, parecendo que vai explodir. Isso é que gera erupções). Portanto, mude o seu modo de tratamento em relação a esse filho.
Diabetes:
Em sua grande maioria, o diabetes manifesta-se relacionado ao abandono dos túmulos dos antepassados. Existem, também, casos de diabetes em pessoas jovens, quando ocorre excessiva cobrança por parte dos pais. Há também, casos de diabetes que se manifestam em pessoas a quem foi confiado um segredo e isso o incomoda; essa inquietação também pode resultar em diabetes. No entanto, a grande maioria é devido à falta de consideração para com os antepassados. Vá visitar os túmulos de seus avós e bisavós, e veja o resultado.

Ronco durante o sono:
O ronco é o "inconsciente desejo de chamar a atenção para si". Tinha uma senhora de 56 anos, cujo marido estava pensando em separar-se porque ela roncava muito. Eu lhe perguntei: "Aconteceu alguma coisa entre você e seus pais?". Ela lembrou-se de atritos do passado com o pai, perdoou-o e parou de roncar.
Gordura no fígado:
Você precisa rir mais, aprender a perdoar e disciplinar a alimentação. No livro "Mente, Alimentação e Fisionomia", o Mestre fala muito sobre as leis da matéria e a alimentação adequada. Assim, é necessário cuidado com a alimentação, rir mais e perdoar mais. O fígado está ligado diretamente com esses aspectos, ou seja, reflete pessoas que são um pouco rancorosas e tristes.
Dor de barriga crônica (30 anos, casada):
Às vezes pode não ter nada de psicossomático nessa dor e, sim, apenas consequência de alimentação inadequada. A dor no estômago constante pode, também, ocorrer em pessoas que são muito críticas ou seguram nervosismo em relação a um subalterno, filho, sobrinho ou empregados. E, também, pode ser estar relacionada com alguém da família que morreu com esse problema e essa pessoa continua a sofrer do mundo espiritual, como se ainda estivesse com o corpo carnal. Se o sintoma for uma espécie de queimação, é alguém que morreu tomando algum tipo de veneno. Assim, se você identificar alguém que faleceu nessas condições em sua família, leia a Sutra Sagrada durante 49 dias para essa pessoa.
Dor de cabeça intensa (74 anos, viúva):
Se essa dor de cabeça estiver, também, causando insônia, inquietação, ansiedade, às vezes a senhora sente as mãos geladas, pode ter causa espiritual. Há necessidade de orar por uma pessoa que faleceu nos últimos 15 anos. Essa pessoa ainda não sabe que morreu; ainda está despertando para o fato de que já deixou o corpo carnal. Pode ser o seu esposo ou outra pessoa que já faleceu e em quem a senhora pensa sempre, ou com quem a senhora sonha frequentemente. Leia a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade diariamente, durante 49 dias para essa pessoa e, antes da Sutra, leia as Revelações Divinas da Vida Eterna.
(b) Demais perguntas:
Desejo colaborar com o movimento Seicho-no-Ie. Assumi um cargo e a empresa mudou o meu horário de trabalho, portanto, não consigo me dedicar como gostaria. Por que isso teria acontecido comigo e, também, com outras pessoas?
Nesse caso, é preciso, também, agradecer pela nova oportunidade de trabalho. Além disso, existe a necessidade de aprender a conciliar as atividades, de forma que você possa fazer as duas coisas. Tomar a decisão de ajudar no Movimento é algo maravilhoso, parabéns. Pratique bastante a Meditação Shinsokan e peça a Deus que o ilumine quanto à forma mais adequada de conciliar o trabalho na Associação com a sua atividade profissional. Também avalie não só na sua Associação, mas, verifique se há outro local onde você possa colaborar. Quem sabe, num domingo em outra Associação ou na Regional. Quando a pessoa tem o objetivo de colaborar, certamente encontra um local adequado para exercer essa vontade.
Estudo muito doutrina da Seicho-no-Ie e sinto grande afinidade com os ensinamentos. Sou capaz de "devorar" um livro em um dia. No entanto, tenho dificuldade de colocar em prática os ensinamentos como meditação, leitura de Sutras, etc. Intelectualmente, sei que o caminho é a prática, mas tenho dificuldade.  O que acontece? (55 anos, casado):
A palavra é: perseverar. Nosso consciente representa apenas 5%, enquanto o subconsciente cerca de 95%. Isso significa que o hábito possui muito mais consistência do que o raciocínio. Já aconteceu com muitas pessoas: mudaram de residência e, distraidamente, um ou dois dias depois, ao sair do trabalho perceberam que estavam se dirigindo para a residência antiga. E quantos não são os casos de pessoas que levaram beliscões ao chamar a namorada atual pelo nome da antiga? Isso demonstra como o hábito tem muito mais força que o intelecto. O caminho é perseverar e fazer da prática um hábito. 
Quando participo de cerimônias ou faço orações, bocejo muito a ponto de lacrimejar. Depois, sinto-me leve e com grande alívio. Quando me aproximo de pessoas em lojas também percebo que os atendentes bocejam quando falam comigo. (59 anos, casada):
Você está passando por uma renovação. Quando as pessoas leem livros da Verdade, os carmas negativos saem em forma de vibrações negativas. É normal acontecer isso. Pessoas que já estão há mais tempo praticando o ensinamento não sentem mais tanto sono.
Tenho dois filhos, um de 28 e outro de 26 anos. Eles não se fixam em nenhum emprego e ficam desmotivados com facilidade. Fiz dois abortos, em 1995 e 1997. Os anjinhos foram registrados na Igreja Messiânica há cerca de 10 anos e faço oração para eles todos os dias, pedindo perdão. Isso pode ter alguma relação com o comportamento dos filhos mais velhos? O que posso fazer para ajudá-los? (50 anos, divorciada):
Se você já está fazendo orações diárias e pedindo perdão para os anjinhos, certamente a influência não vem deles. O que pode acontecer é que, normalmente, quando os pais se separam, os filhos ficam tristes. Por mais que os filhos digam que entendem a situação, não é isso que eles gostariam de ver, realmente. Essa é uma coisa natural. Presenteie cada um com o livro Dinamize sua Capacidade fazendo uma dedicatória, utilizando termos como "eu acredito em você", "eu confio em você". São palavras que dão uma motivação muito grande para os filhos. Isso fará com que eles sejam mais perseverantes. Com relação ao trabalho, há dois fatores importantes: quando a pessoa tem gratidão por aquilo que faz e se esforça para ser o melhor funcionário da empresa, jamais fica desmotivada no trabalho. Por isso, sempre recomendo: esforce-se para ser o melhor, não no sentido de competir, mas de fazer com a melhor qualidade. Atualmente, estamos na fase de trabalhar por excelência. Quanto ao outro fator, existem muitas pessoas que não têm gratidão por aquilo que fazem, não são gratas pelo trabalho que executam. Essas pessoas, mais tarde, dirão: "eu era feliz e não sabia!". Quando tinham, não sabiam agradecer, e quando perderam viram que faltava gratidão, eram felizes. Então, agradeça agora, dedique-se agora, não importa o tipo de trabalho. Desde que seja nobre, o trabalho que você executa agora merece toda a sua atenção.
Como fazer a leitura da Sutra Sagrada para antepassados durante 49 dias? Somos orientados a fazer a leitura no lar, mas, eventualmente, viajamos. Podemos fazer fora de casa? (61 anos, casada):
Quando for viajar, avise-os: "de tal dia a tal dia, estaremos ausentes por motivo de viagem, e no dia tal voltaremos a fazer a leitura da Sutra". Quando voltarem, continuem a fazer a leitura até completar os 49 dias.
Tenho um filho com 30 anos de idade que já se casou duas vezes. Ele tem dois filhos. O que será que não dá certo nos relacionamentos dele? (55 anos, viúva):
Esta resposta, talvez não seja tão conveniente para a mãe ouvir [risos]. Às vezes o filho tem certas diferenças com a mãe e, por isso, o relacionamento com as mulheres não dá certo. Converse com seu filho nos seguintes termos: "Filho, eu quero pedir perdão por algumas falhas que cometi com você. Perdoe-me, se algumas vezes errei", e abrace-o. Isso é muito importante. Quando estiverem a sós, fale isso. Essas palavras vão tocar fundo nele, e ajudar muito, em todos os sentidos. Esse problema dele não deve ser somente com casamentos. Ele deve ter passado por problemas de relacionamento com algumas amigas e colegas. Quando o relacionamento é desacertado sempre com pessoas do mesmo sexo, é porque ainda têm coisas que ainda não estão bem resolvidas. Seu filho pode pensar, por exemplo, "minha mãe gosta mais de meu irmão/ minha irmã do que de mim". É importante tirar do subconsciente dele essas sensações de diferenças. Isso faz com que ele tenha, vez ou outra, enxaqueca, dores no nervo ciático e problemas, também, no casamento. Então, fale com ele, peça perdão por algumas falhas e faça com que ele leia livros da Seicho-no-Ie e mude o pensamento. Há homens que, quando algo sai errado dizem: "tinha que ser mulher!", e tem mulheres que dizem: "todo homem é assim!", ou seja, generalizam tudo. Quem tem esse tipo de reação, realmente, precisa mudar o modo de pensar.
Tenho uma filha de 34 anos que tem quatro filhos e é separada do pai das crianças. Ela ficou sozinha por muito tempo. Hoje estou sofrendo porque ela arrumou um namorado e resolveu morar com ele, entregando os dois filhos maiores para o pai e ficando apenas com os dois pequenos. O que posso fazer? (55 anos, viúva):
Às vezes os pais querem falar muito e os filhos não querem ouvir, porque pensam que é sermão, ou algum tipo de cobrança. Por isso ocorrem problemas entre nora e sogra, ou entre genro e sogra, pois acham que ela está querendo interferir em suas vidas, embora não seja esse o propósito. Então, se você perceber que ela não está disposta a ouvir, não fale. O melhor é orar, visualizando que ela já resolveu o problema, mentalizando isso todos os dias. Faça uma assinatura da revista Pomba Branca ou Mundo Ideal para sua filha. Mande, também, um livro para ela. Isso fará com que ela possa aprender a Verdade, aos poucos, e ir assumindo suas responsabilidades. Existem casais que se separam e, quando é formada nova família, os filhos do antigo casamento passam a ser menosprezados. Isso ocorre porque a mágoa do antigo cônjuge é transferida toda para o filho. Ela vê o filho como produto desse relacionamento que não deu certo. No entanto, enquanto ela não perdoar o primeiro marido, não saberá dar amor aos filhos que tem. Ela poderá ler, por exemplo, o livro Lições para o Cotidiano, que fará com que possa fazer uma autorreflexão, entender melhor, e mudar o comportamento.
Por que sempre as pessoas "amigas" me usam com o cartão de crédito, e ficam devendo, por exemplo R$25.000;  inclusive uma das pessoas foi a que me convidou para participar das reuniões da Seicho-no-Ie? (54 anos, separada):
As pessoas não estão usando você. No seu inconsciente, você é que está pedindo para que isso ocorra. No seu inconsciente você quer ser vítima de uma situação, para sofrer. E sofre por problemas dessa natureza por causa da ideia de pecado, de que "tem que pagar o pecado cometido". Por que você atraiu pessoas que provocaram a ocorrência desses fatos? Não foi por acaso. Existe a lei de atração dos semelhantes. Quando a pessoa possui o inconsciente desejo de sofrer, por um motivo ou outro, esse desejo, sendo forte, fará com que os fatos convirjam para ela ser vítima da situação. Então, faça o seguinte: pegue o livro A Humanidade é Isenta de Pecado e leia-o de vinte a trinta vezes. E faça a cópia do livro. Veja como esse tipo de ocorrência vai deixar de acontecer. É como diz na Sutra: "se desejais mudar o mundo da projeção, deveis purificar a matriz da mente". Quando há no nosso subconsciente aquele desejo de sofrer, vamos atrair situações que nos causam sofrimento. Não é castigo de Deus, é simplesmente o desejo inconsciente que está se materializando. Portanto, precisamos retirar esse "desejo masoquista", conforme disse Karl Menninger. O subconsciente, por vezes, rema contra a gente, quando temos um ideal muito bom, começa a ocorrer o contrário: quer ser feliz de uma forma e não consegue; quer abrir uma loja, abre em local onde não prospera; quer prosperar, arruma um sócio que não é honesto; todas essas são situações atraídas pela nossa mente. Pegue o livro A Humanidade é Isenta de Pecado, tire essa idéia inconsciente de sofrer, que é pecadora, que tem que pagar pecado, e entenda, compreenda, apreenda que é filha de Deus, e que não precisa sofrer. Então, leia o livro dezenas de vezes como recomendado, faça cópia do livro e leia a Sutra sagrada para seus antepassados. Faça isso todos os dias e daqui a um ano veja como a situação mudou.
Tenho uma filha adotiva de 14 anos. Adotei-a com onze meses. Essa menina tem excesso de suor nas palmas das mãos e também nas solas dos pés, que também estão sempre frias. Já foi feito tratamento com acupuntura, mas pouco adiantou. Outra solução seria operar, mas os médicos dão pouca chance de cura. O que podemos fazer à luz do ensinamento da Seicho-no-Ie? (53 anos, sexo feminino):
A mãe biológica deve ter cometido aborto. Essa menina deve estar captando o desespero dos irmãos biológicos, que estão no mundo espiritual. Se você conseguir localizar a mãe biológica, verifique se houve morte trágica na família e, principalmente, abortos, que geram sintomas como os descritos. Às mães que têm filho adotivo, recomendo chegar na cabeceira dele, quando estiver dormindo, e dizer o seguinte: "Eu estou aqui no lugar da sua mãe biológica para pedir perdão por não ter cuidado de você". É muito importante fazer isso. Certa vez, atendemos, pelo programa de rádio da Seicho-no-Ie, uma senhora que tinha um filho adotivo de 25 anos. O filho era boa pessoa, porém, eventualmente tornava-se violento e chegou a agredir essa mãe. Eu lhe disse: "Ele não quer agredir a senhora e, sim, a mãe biológica. Isso porque ela deve tê-lo rejeitado, ou tentado abortá-lo, e esse sentimento de ódio e tristeza está muito forte no inconsciente dele. Então, meia hora depois que ele entrar no sono, peça perdão no lugar da mãe biológica". Dez dias após, ela deixou gravado no programa de rádio que o filho transformou-se totalmente, tornando-se muito carinhoso e muito dócil. Então, aquilo que ele estava transferindo para a mãe de criação era uma agressividade que guardava para a mãe biológica, porque esta o havia rejeitado.
Parte II -  Aula 15 – 11/5/2011 - Estudo do livro A Verdade da Vida, volume 1: “Conhece-te a ti mesmo!” - Orientações do Professor Heitor Miyazaki, Preletor da Sede Internacional:
AVV1-pág. 56: "Conscientemente, tais doentes querem se curar a todo custo, mas espiritualmente estão satisfeitos por estarem resgatando o pecado da vida passada com sofrimento, por invalidez ou doença incurável. Essa manifestação da "vontade de ficar doente" provém do espírito dessas pessoas e se assemelha aos estigmas desejados por São Francisco. E tais doenças surgem como que por fatalidade e dificilmente se curam. O único meio de curá-las é fazer com que o espírito que está nas profundezas dessas pessoas convença-se da Verdade: "O pecado não existe originariamente. A Vida é Deus e já é perfeita e harmoniosa, sem necessidade de passar por qualquer sofrimento".  Dependendo do grau de aceitação desta Verdade por parte do espírito dessas pessoas, a moléstia considerada incurável será ou não curada."
Já havíamos estudado esta parte na aula anterior, porém, vamos revê-la pela importância que tem no estudo da causa das moléstias. Olhando verticalmente (no tempo) a causa representa os carmas que criamos no passado, nesta vida ou em outras encarnações. Por isso, o Mestre fala: "Conscientemente, a nível intelectual, no racional, todo mundo quer ser feliz e saudável". Mas, no subconsciente está arraigada aquela ideia de que "tem que pagar o pecado", "tem que sofrer", "Cristo veio para sofrer e temos que sofrer também", "temos que pagar o pecado de Adão e Eva", esses pensamentos estão muito fortes no subconsciente da humanidade. Assim, inconscientemente, as pessoas querem se purificar pagando o pecado. No entanto, existem outras alternativas! Relembrando o relato do professor Miwa, certa vez, apareceu um casal de espanhois relatando o seguinte: o homem estava doente, recém-saído do hospital onde o médico havia dito: "vá para casa, não há possibilidade de cura para você". Então, foram conversar com o professor Miwa. Este, não sabendo expressar-se muito bem no idioma português, disse: "a única coisa que sei falar em português é: o homem é filho de Deus, isento de pecado!". Nessa hora, esse senhor se curou. O professor Miwa perguntou-lhe: "o que você sentiu naquela hora?". Ele respondeu: "quando o senhor falou "o homem é filho de Deus isento de pecado", eu senti um choque, estremeci e a barriga, que estava inchada, começou a desinchar". Por que deixou de inchar? Porque ele quebrou a ideia de pecado que estava no inconsciente. Você não é filho do pecado, você é filho de Deus. É nessa hora que ocorrem as curas. Então, dentro da linha vertical, as pessoas "querem" ficar doentes. Karl Menninger cita que as pessoas que estão constantemente hospitalizadas estão cometendo "suicídio em etapas". Quem assistiu ao filme "Nosso Lar" deve lembrar que, quando o espírito de André Luiz chegou ao "Nosso Lar", eles lhe disseram: "você se suicidou, não?". Ele replicou: "mas, eu não me matei!". É a isso que se refere Karl Menninger. Pessoas que vivem constantemente doentes "querem" matar-se aos poucos, por isso a expressão "suicídio em etapas". No subconsciente elas querem ficar doentes. Isso é algo que a pessoa faz contra si própria, portanto, é de fato um suicídio parcial. Em razão disso, quando o homem retira esse desejo instintivo de agredir a si próprio, compreende a Verdade, que é filho de Deus, deixa de ter  aquele desejo de "ter que sofrer", "ter que passar por isso". Há muitos casos de pessoas que começaram a ler livros da Seicho-no-Ie e, como consequência, a vida passou por tantas transformações que chegaram a exclamar: "mas, eu não mereço tanto assim!". Por que não merece tudo isso? Porque ainda está com a ideia de pecado. Todos nós merecemos a felicidade. Se está começando algo de bom agora, agradeça e reafirme: eu mereço, eu mereço! É importante dizer isso. Então, uma das formas para que as pessoas se purifiquem do pecado é deixar o carma se desintegrar, na base da dor. O outro é libertar-se através da Verdade. Por isso, quando as pessoas tiram aquele sentimento de pecado, o sentimento de culpa movido pela idéia de pecado, a doença desaparece. Como aquele caso, que já foi comentado, de uma senhora da cidade de Araraquara, que havia ficado cega de uma vista. Percebi que o caso estava relacionado com sentimento de culpa muito forte, e falei para que ela, antes que perdesse a outra vista, lesse o livro A Humanidade é Isenta de Pecado, de 20 a 30 vezes, e ela voltou a enxergar. Assim, também, aquele rapaz que estava com Aids e pneumonia: o irmão leu para ele várias vezes o livro A Humanidade é Isenta de Pecado e ele ficou curado. Isso tudo, porque foi eliminado o desejo oculto de sofrer.
AVV1 - pág. 56 de 57: "Pesquisando no sentido espacial, no horizontal, o homem cria doença em si próprio segundo as circunstâncias. Como já é do conhecimento de todos, ocorrem casos de histeria, esgotamento nervoso ou doenças gástricas devido à desarmonia familiar. Muitas doenças misteriosas ocorreram durante a Primeira Guerra Mundial, tornando-se objeto de estudos no campo da psicanálise. Entre os soldados alemães e austríacos que haviam sido convocados compulsoriamente pelos governos de seus países, e que consciente ou inconscientemente repudiavam a guerra, no momento em que se viram diante do fogo no campo de combate, repentinamente uns ficaram cegos, outros surdos e outros com os membros paralisados. Assim, muitos apresentaram sintomas de doença neurológica. Não eram, absolutamente, doenças simuladas; e apareciam sem que o portador tivesse conhecimento exato da causa em seu consciente."
Portanto, no sentido vertical são doenças criadas pelos carmas que trazemos; e no horizontal é a ação do mecanismo de defesa, conforme Freud. Uma forma de a pessoa defender-se daquilo que não quer é criando uma doença. Assim também, pessoas que se sentem bastante enfraquecidas, são pessoas que mentem. A mentira é uma forma de amenizar a debilidade do corpo. O esquecimento também é uma forma de defesa. Então, esses soldados que ficaram paralisados diante da iminência do combate, criaram doenças porque, se assim ficassem, não poderiam combater. Portanto, não queriam combater e o subconsciente automaticamente criou uma doença para que ficassem fora de combate. É diferente do carma, que é algo que foi plantado anteriormente. Dentro da lei do carma, quem planta, colhe. Neste caso, a pessoa criou um mecanismo de defesa para não fazer aquilo que tinha medo. Foi o que aconteceu com aquela senhora da Bahia que estava cega do olho esquerdo. Quando eu lhe perguntei se o pai dela bebia, começou a chorar e lembrou que, quando o pai bebia, ficava agressivo, e correu atrás dela com uma faca, quando ela tinha apenas cinco anos de idade. Nessa ocasião, o pai só não conseguiu alcançá-la porque estava muito alcoolizado. Mas, por que ela ficou cega? Porque ela "não queria ver" o pai naquelas condições. Quem não quer ver, acaba não vendo. Quem não quer ouvir, quando chega certo período, fica surdo. Conforme Menninger são mecanismos de fuga. Assim, por exemplo, quem "não quer lembrar" acaba produzindo doenças como Mal de Alzheimer e arteriosclerose, doenças que causam esquecimento. O subconsciente cria essas doenças para que a pessoa não se lembre de fatos que, ocultamente, deseja não se lembrar.
AVV1 - pág. 57 e 58: "Explicando melhor, como sempre diz a Seicho-No-Ie, isso foi obra da parte da mente que está oculta nas profundezas, sem se manifestar no consciente. Foi um artifício dessa parte oculta da mente (subconsciente), a qual sabia que um soldado poderia ser dispensado de participar do combate, se fosse portador desses males. O tratamento mais eficaz foi intimidá-los com um fuzil, ameaçando-os de morte. O subconsciente desses soldados curou-os da doença, porque deduziu que seria mais seguro ir para o campo de batalha do que ser condenado à morte por fuzilamento. Mas, quando forçados a lutar, os sintomas neurológicos - que haviam desaparecido com o tratamento de fuzilamento simulado - voltaram com gravidade ainda maior. Alguns definhavam sem ao menos conseguirem alimentar-se, outros deliravam e outros entraram em estado de coma, como se estivessem realmente mortos. Já não eram simples pacientes histéricos. Segundo a medicina, estavam em estado muito avançado de demência precoce e ainda não existia cura para esse mal. E de nada adiantaria ameaçar uma pessoa em estado de coma, apontando-lhe o cano de um fuzil. O subconsciente, oculto nas profundezas do nosso ser, arquiteta planos tão eficazes que, dessa forma, conseguiu finalmente satisfazer o propósito de não ir para o campo de batalha. Entretanto, com o término da guerra, quando não tinham mais necessidade de continuar doentes, os portadores desse tipo de doença se curaram totalmente."
Vejam como o subconsciente arquiteta, não é mesmo? Blaise Pascal, que viveu cerca de 240 anos antes de Freud descobrir o subconsciente, disse: "O coração tem razões que a própria razão desconhece". Ele quis dizer: "o subconsciente tem razões, motivos, que o nosso intelecto desconhece". Isso porque no nosso subconsciente, trazemos informações até mesmo de outras encarnações. E a parte consciente é apenas da encarnação presente. O subconsciente armazena muitas coisas, mesmo da encarnação presente, que o consciente já não se lembra mais. O subconsciente possui um vastíssimo arquivo. Exemplificando, se na última encarnação você viveu 80 anos, lá na última gaveta há um arquivo com 80 pastinhas e cada pastinha possui 365 páginas; assim é o tempo: fechado é um ponto e aberto torna-se infinito.
AVV1 - pág. 58: "Analisamos fatos relacionados com a doença, mas as demais infelicidades da vida também surgem de relações semelhantes. À medida que prosseguirem na leitura deste livro, compreenderão isso melhor. A vida humana cria variadas doenças e infelicidades e delas se serve como uma espécie de expediente para conseguir a libertação, ou seja, a salvação, no plano vertical (tempo), pela relação de causa e efeito e, no plano horizontal (espaço), pelo mecanismo de autodefesa."
Por isso, Sócrates disse: "Conhece-te a ti mesmo". Nós precisamos nos conhecer. É lógico que não há necessidade de saber tudo o que aconteceu conosco. Não é isso. Mas precisamos conhecer como a nossa mente atua. É fundamental que compreendamos essa Verdade, para não nos deixarmos ser levados como um barco à deriva. O barco à deriva é aquele que não está ancorado, fica solto no mar, vai para lá e para cá, sem saber o seu rumo. Da mesma forma, quando as pessoas não compreendem que estão sendo arrastadas para o lado do sofrimento e que há uma força negativa que deseja que elas sejam infelizes, enquanto não tirarem essa força negativa, será como se tivessem 95 pessoas remando contra e 5 pessoas remando a seu favor. Então, temos que nos direcionar para que possamos eliminar isso.
Na verdade, temos que viver, praticar. Muitas pessoas se dizem cristãs, mas, só carregam o crucifixo. Nada praticam do que Cristo ensinou. Nem a oração do Pai Nosso é praticada. Essa oração tem uma profundidade fantástica. Ela está muito compactada. Às pessoas que dizem que o homem é pecador, que é filho do pecado, eu pergunto: que tipo de oração do Pai Nosso elas fazem? "Pai nosso que estais no Céu": o Pai nosso que está no Céu é Deus, então, não somos filhos do pecado, nem somos pecadores e, sim, somos filhos de Deus. Para que haja essa compreensão, essa conscientização da natureza divina, esse autoconhecimento, o Mestre fala que existem quatro MÁXIMAS. Não vai dar para explicar todas elas, mas vou comentar pelo menos a primeira. Uma máxima é mais que um provérbio, porque o provérbio possui uma verdade, e a máxima possui a Verdade da Vida. Assim, a verdade do provérbio é uma verdade relativa, por exemplo, "cão que ladra não morde", mas, tem pitbull que morde. "Panela velha é que faz comida boa", mas, tem panela que está toda arrebentada e não faz comida nenhuma. A Verdade que liberta é a Verdade Absoluta. A máxima tem o brilho, diz o Mestre, que conduz o homem à sua elevação espiritual. Assim, a máxima supera também o axioma. Lembram dos teoremas em matemática? Eu sofri com os teoremas. No teorema existe a hipótese e a tese. Você tem que provar que a hipótese é correta. Dentre estes teoremas há coisas como "o todo é maior que a parte", por exemplo, "a pizza inteira é maior que uma fatia", você diz: é lógico que é, porém, tem que provar que é. Isso é o axioma, mas, uma máxima é mais que um axioma. A máxima tem o brilho da Verdade e uma das primeiras máximas mencionadas pelo mestre Masaharu Taniguchi é: "Conhece-te a ti mesmo". Conhecer a si mesmo não é conhecer apenas aquilo que está no seu subconsciente, mas, conhecer a sua natureza divina. É compreender que no âmago da matéria, antes de esse corpo carnal existir, já existia um ser sumamente perfeito e grandioso, que é a Vida sublime de Deus, que é imagem e semelhança de Deus. É compreender o nosso Eu Verdadeiro, a nossa natureza divina. Esse é o grande autoconhecimento que devemos ter. Por isso, a todo momento, nós temos que aprender. Tem gente que não se ama, se odeia. Tem gente que não abençoou o seu nascimento, tem ódio por ter nascido. Tem gente que tem ódio por ter nascido mulher. Tem gente que tem ódio por ter nascido homem. Não sabe abençoar a sua própria vida. Nós temos que nos abençoar, temos que nos amar. Tem gente que se julga um imprestável só porque cometeu um pecado. Não é esse o caminho.

Estava lendo um livro do senhor Gonzales, um livro espanhol; consta que uma pessoa teve contato com Deus e foi falar com o sacerdote sobre isso. Então o sacerdote perguntou:
_ Então, você está tendo contato com Deus?
_ Ah sim!
_ Vou-lhe fazer um desafio: pergunte para Ele quais são os meus pecados. Se você está falando mesmo com Deus, Ele vai lhe responder. Ele sabe tudo.
No dia seguinte, ambos conversaram:
_ E aí, você conversou com Deus?
_ Sim!
_ E você perguntou quais são os meus pecados?
_ Sim. Deus falou que não se lembra mais!
Deste diálogo conclui-se que Deus é amor, não quer saber se você pecou ou não pecou. Esta é a Verdade. Esta é a visão de Deus. Cristo disse: "Ele manda a chuva para os justos e também para os injustos". Se você errou e entendeu que não estava certo, você não pecou, mas aprendeu a não errar mais. Você aprendeu o que é o certo. Confúcio deixou bem claro: "Errar é não corrigir o erro cometido". Se você corrigiu o erro cometido, você não pecou, você aprendeu o que é certo. É isso que nós estamos fazendo aqui na face da Terra. Por isso, quando aquela mulher foi levada para ser apedrejada por causa de um adultério, Cristo interferiu e disse: "Atire a primeira pedra aquele que nunca pecou". Todos viram que um dia haviam errado também. Mas, é fácil condenar os outros, não?
AVV1 - pág. 58: "Portanto, para que possamos eliminar deste mundo as doenças e os demais sofrimentos, é necessário, no plano vertical, pensarmos de modo a não lançar sementes que no futuro germinem doenças e demais infelicidades. Ou seja, é necessário pensarmos de maneira a podermos viver neste mundo sem cometer "pecados". "
AVV1 - pág. 58 e 59: "No plano horizontal, temos necessidade de transformar nosso ambiente num paraíso onde a Vida não precise usar de subterfúgios como doenças e sofrimentos em sua autodefesa, purificando o ambiente no qual estamos vivendo atualmente. De um lado, o ambiente é uma imagem projetada da nossa mente e, por outro, a mente é um reflexo do ambiente. Assim, mente e ambiente se influenciam reciprocamente como se fossem dois espelhos que se defrontam. Uma mente resoluta e firme domina o ambiente, mas uma mente fraca, pouco evoluída, é dominada pelo ambiente."
Os carmas se formam pelo falar, pelo pensar e pela ação, que é o carma corporal. É por isso que fofoqueiros não têm sorte na vida. Pelo pensar, pessoas que, ao invés de abençoar, desejam o mal para as outras pessoas, estão gerando carmas negativos. E o carma corporal, lembram que no início da aula uma pessoa falou que tomou a decisão de ajudar no Movimento? Procurar entender a Verdade, praticar e colaborar são fundamentais, são importantes, são carmas positivos. O carma nem sempre se desintegra da mesma forma como foi criado. Se uma pessoa cometeu um crime de uma forma bárbara, isso não significa que vai ocorrer exatamente a mesma coisa com ela. Se alguém deixou um grupo de pessoas infelizes, isso não significa que vão lhe ocorrer as mesmas infelicidades. Os fatos vão ocorrer, porém, podem ser de formas diferenciadas, que representariam a mesma desintegração cármica. O Mestre fala de Ian Stevenson em alguns livros. Ele descreveu que identificou cerca de 40 casos de pessoas que estavam reencarnadas e que se lembravam da vida anterior, sendo comprovado que eram as pessoas que diziam ser. Num dos casos citados, não me lembro se foi na Tailândia ou na Índia, Ian cita que é muito comum as mulheres casarem-se e não ficarem morando na casa do marido e, sim, na casa dos pais. Nesse caso, o marido queria que a mulher fosse para a casa dele, e ela não foi. O marido acabou matando essa mulher, ou seja, casou e acabou matando a esposa. Quando ele reencarnou disse: eu fui fulano e nasci com esse braço defeituoso porque matei minha esposa. Depois de uma série de análises, comprovou-se que tudo o que ele falava na infância correspondia ao jovem que fora executado por receber a pena de morte. Assim, houve desintegração de um carma, porém, ele não morreu como a esposa na vida anterior, com uma facada, mas, simplesmente nasceu com um braço defeituoso para se autopurificar do pecado que havia cometido. Por isso, é importante sempre pensar em agir com amor, conforme o Mestre sempre recomenda.
“Oração do dia 8: Palavras para manter o domínio sobre a situação e o destino.
Conscientizo-me de que tenho o poder de controlar a situação e comandar o meu destino com meus pensamentos. Compreendo que, sendo bons os meus sentimentos, são bons os meus pensamentos. Sendo bons os meus pensamentos, são boas as minhas palavras. Sendo boas as minhas palavras, o mundo em que habito torna-se um mundo ideal, repleto de bondade. Por isso, não abro a boca para dizer más palavras. Estou atento a cada pensamento meu, a cada palavra minha. Não emito pensamentos agourentos, não profiro palavras agourentas nem ouço comentários agourentos. Abandonei por completo o hábito de criticar os outros. Já não existe em mim o hábito de apontar os defeitos alheios. Já não faço comentários pessimistas a respeito de minha própria pessoa, de meus amigos, de minha profissão. Sou o otimismo em pessoa, sou a esperança em pessoa. Meu coração está repleto de intensa alegria, proporciono felicidade a todas as pessoas, abençoo todas as coisas, dou coragem a todos. Minhas palavras tornam-se realidade no mundo das formas. Quando desejo a realização de um ideal, afirmo com convicção: isso se concretiza infalivelmente. Essas palavras possuem força criadora, por isso, o que desejo não demora a surgir ao meu redor. Agradeço a Deus por me dar esta convicção."
 (SUTRA EM 30 CAPÍTULOS PARA LEITURA DIÁRIA)
Esse trecho é realmente fantástico! Tem coisas que o nosso intelecto não faz, há necessidade de vir do mundo espiritual, por isso, o Mestre escreveu esse maravilhoso capítulo. Devemos compreender a necessidade que estar afinados com essas palavras da Verdade. A situação muda na vida da pessoa, primeiro porque ela deixa de fazer carmas negativos e, segundo, porque começa a pensar de forma positiva. Então, é lógico que a situação vai mudar. A pessoa deixa de plantar coisas negativas para plantar coisas positivas; deixa de pensar de uma forma destrutiva para pensar de forma construtiva. O fato de estarmos acompanhando as aulas deste curso é algo maravilhoso, porque é o seu Eu Verdadeiro clamando por evoluir. Nós estamos aqui, na Sede Central em São Paulo, com aproximadamente 300 pessoas, mas, na verdade, são muito mais pessoas. Estou vendo o Paulinho, lá atrás, que tem clarividência bastante elevada. Uma vez, quando estávamos em Mogi, ele estava sentado e viu inúmeros espíritos atravessando as paredes, e disse: "mãe, tem um monte de espíritos entrando aqui e disseram que estão autorizados a assistir às aulas do professor Heitor". Então, lá do mundo celestial, um espírito mais elevado trás aquele grupo de espíritos, dizendo: "vamos lá para estudar a Verdade da Vida".
AVV1 - pág. 59: "Uma mente resoluta e firme domina o ambiente, mas uma mente fraca, pouco evoluída, é dominada pelo ambiente."

Por isso, não diga que o ambiente onde você trabalha é ruim! Transforme esse ambiente através do sorriso, através do agradecimento. Em todos os setores na empresa onde trabalhei durante 25 anos, em todos eles, as pessoas me disseram: "depois que você veio trabalhar aqui, mudou o ambiente”. É isso que precisamos fazer, com amor, com sabedoria, não se envolvendo em fofocas, cumprimentando, agradecendo, não criticando (nem mesmo mentalmente) os colegas. Assim, você vai mudar o ambiente. Senão, você vai entrar no clima do ambiente. Nós temos que mudar o ambiente. Você não é fraco, você é evoluído, não entre na sintonia negativa. Transforme aquilo que é negativo em positivo. Na minha mesa, lembro que deixava 100 revistas da Seicho-no-Ie. Dificilmente eu via alguém pegar alguma, mas aquele monte de 100 revistas baixava rapidamente e sumia da minha mesa [certamente, elas ajudaram a mudar o ambiente].
AVV1 - pág. 59: "Quanto mais infantil for a mente humana, menos impregnada estará de determinados hábitos e, por isso, será facilmente influenciada pelas circunstâncias, tanto para o lado bom quanto para o mau. Mesmo os indivíduos abandonados à própria sorte num mau ambiente e que se tornariam delinquentes, se receberem desde pequenos a influência de um ambiente de amor, confiança e elogios como o da Seicho-No-Ie e forem acostumados a ver o lado iluminado de tudo, poderão se desenvolver espiritualmente de modo livre e salutar. Assim, desaparecerão temperamentos distorcidos e sarcásticos, bem como a sórdida pretensão de obter vantagens ou prazeres através de sofrimentos alheios. Na época em que esses jovens crescerem e se tornarem o sustentáculo da sociedade, os carmas maléficos formados pela humanidade estarão bastante reduzidos e estaremos cada vez mais próximos da realização do ideal de concretizar o paraíso na face da Terra."
Quem é pai jovem, deve, desde o início, praticar e transmitir o ensinamento da Seicho-no-Ie para os filhos. Utilizando palavras de elogio, palavras de amor e praticando orações. Tudo isso é muito importante, é fundamental. Lembro-me de um fato ocorrido com minha filha, que também é preletora, quando tinha 7 anos de idade; certo dia fui dormir e percebi que ela ainda estava acordada. Então, perguntei: "filha, você não vai dormir?". Ela disse: "estou com medo!". Logo em seguida, ela pegou a Sutra e começou a ler, sozinha; ninguém falou para ela fazer isso. Em pouco tempo, ela dormiu. Ela sabia que, estando com Deus, o medo desaparece. A outra filha, quando estava com 8 anos de idade, vendo a "farra do boi" na televisão, disse: "depois, na outra encarnação, nasce com um monte de problemas no corpo e não sabe por quê". Com oito anos de idade, já sabia o que é a lei do carma. Quem acumula carmas negativos do agir, consequentemente, vai manifestar problemas em sua vida. Quem planta, colhe.
AVV1 - pág. 59 e 60: "A Seicho-No-Ie, na coleção A Verdade da Vida (volumes 2, 3, 7, 8), explica o meio de tornar saudável o corpo humano; e, pelo modo de viver da Seicho-No-le, ensina como iluminar a vida prática. Além disso, pela Pedagogia da Seicho-No-le procura extrair a natureza divina do jovem e libertar o talento da criança desde tenra idade, porque deseja expandir a construção do paraíso na Terra paralelamente ao crescimento da criança. Quando a filosofia de vida, o modo de viver e o método educacional da Seicho-No-Ie - que acredita ser perfeita a Imagem Verdadeira de todas as existências - abrangerem o mundo todo, aí sim, será estabelecido o Reino do Céu na face da Terra. Nesse momento, pela cura metafísica, não haverá mais doenças; pelo modo de viver da Seicho-No-Ie, não mais existirão sofrimentos neste mundo; e, pelo método educacional da Seicho-No-Ie, todos os seres humanos desde a infância, não terão perturbados o desenvolvimento da sua natureza divina e poderão manifestar seus talentos inatos. Quando teremos esse mundo? Isso dependerá muito do esforço dos fervorosos adeptos e leitores que se reuniram inicialmente na Seicho-No-Ie. Todo desenvolvimento é gradual, portanto, precisamos começar dando o primeiro passo agora."

O Mestre, aqui, discorre sobre a educação básica. Se, desde pequenas, as crianças tiverem uma educação sólida, não haverá necessidade de se preocupar com relação ao futuro. Esta é a importância de tomarmos desde o início a postura de transmitir aos filhos a Verdade. Posteriormente, mesmo que não venham a ser dirigentes, o conhecimento básico do ensinamento da Seicho-no-Ie será fundamental para a felicidade deles.
AVV1 - pág. 60: "Como obra inicial da construção do paraíso na Terra, a Seicho-No-Ie divulga à humanidade, através de publicações, a correta filosofia de vida, o correto modo de viver e o correto modo de educar. A edição deste livro faz parte dessa obra de construção do Reino do Céu na face da Terra. E, indubitavelmente, com suas próprias mãos, os leitores da Seicho-No-Ie implantarão locais que ensinarão na prática esta filosofia de vida, este modo de viver e este método educacional. A germinação desta semente está em vias de ocorrer em várias localidades. Como é boa a vida! Desejo de todo o coração trabalhar de mãos dadas com todos os senhores, almejando o dia em que esta benéfica obra esteja largamente difundida."
Neste momento, lembrei-me de uma senhora que enviou e-mail para o departamento de Missão Sagrada, mandando suspender as contribuições à Missão Sagrada. Ela, assistindo à aula da última quarta-feira, compreendeu que estava equivocada. Mandou novo e-mail solicitando que fosse desconsiderado o primeiro, e disse: "eu vou voltar a contribuir com a Missão Sagrada; compreendi que não posso ficar sem fazer nada. Vou estudar para ser uma dirigente". Então, esse é um trabalho maravilhoso que faz com que as pessoas despertem para a sua natureza divina e já não fiquem pensando apenas em si. “Estou feliz”, e somente isso basta? Não basta, porque conforme mencionado no volume 7 d'A Verdade da Vida, o espírito baixo gosta da desgraça alheia, ri da desgraça alheia, mas, na medida em que vai evoluindo, vai notando que o outro também tem sentimentos, tem preferências. O outro também tem desejos como ele tem; ele não está sozinho no mundo. À medida que vai evoluindo, se antes ele ria das desgraças alheias, agora sente que sofre com os sofrimentos alheios. Ele não fica alheio, sofre ao saber que há outras pessoas sofrendo, e tem que colaborar para que esse sofrimento diminua. São pessoas que já começaram a tomar decisões como "tornar-se dirigente", e "colaborar para que o maior número de pessoas conheça a Verdade". Conforme disse o Mestre "desejo de todo o coração, trabalhar de mãos dadas com todos os senhores, almejando o dia em que essa benéfica obra esteja largamente difundida".
Ao encerrar a aula desta noite, até quero pedir desculpas, pois estarei ausente na próxima aula, devido a um compromisso anteriormente assumido em Portugal. O curso, no entanto, terá continuidade com a presença de dois grandes preletores da Sede Internacional: o professor Sinji Takahashi e o preletor Fernando Marques. Muito obrigado a todos!
Ao encerrarmos o post desta maravilhosa aula, agradecemos imensamente ao Prof. Heitor Miyazaki e a todos os que, com inabalável determinação, levam avante este estudo da obra fundamental “A Verdade da Vida”.

Este curso é ministrado de forma presencial na cidade de São Paulo, todas as quartas-feiras às 19:50h. É transmitido ao vivo, via videoconferência, para todas as Regionais Doutrinárias da Seicho-no-Ie do Brasil. Se você tem interesse em participar, deve fazê-lo presencialmente nos pontos de transmissão da sua Regional. Se você é de Curitiba, ligue para 3027-6470 (Paulo) ou 9922-1058 (Marilize) para fazer a sua inscrição e obter o endereço do curso. A participação é gratuita. Estamos aguardando o seu contato!